quarta-feira, 3 de agosto de 2016

CEMADEN realiza oficina sobre redução de desastres para professores de Angra dos Reis

Retirado na íntegra do site CEMADEN Educação.

Angra_grupo_tarde

A convite da Rede de Educação para Redução de Desastres (RED),  pesquisadoras dos projetos “Cemaden Educação” e “Pluviômetros nas Comunidades” promoveram a formação de 90 professores, compartilhando teorias e práticas sobre percepção de riscos de desastres como chuvas, inundações e deslizamentos.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, apresentou seu projeto voltado para a educação formal e realizou oficina de Cartografia Social como parte integrante do Curso de Capacitação de Professores para Redução de Desastres. A atividade aconteceu em Angra dos Reis (RJ), nos dias 28 e 29 de junho, com o objetivo de inclusão da temática nos conteúdos ministrados pelas escolas municipais, com foco na redução de desastres naturais a partir do ambiente escolar.
Organizado pela Rede de Educação para Redução de Desastres (RED), a capacitação foi uma iniciativa conjunta de instituições, articulada pelo Grupo de Pesquisas em Desastres Sócio-Naturais, da Universidade Federal Fluminense, com as secretarias municipais de Educação, da Defesa Civil e de Meio Ambiente, contando com o apoio do Cemaden/MCTIC.
Foram apresentados conceitos de Cartografia Social e sua aplicação prática em trabalho em campo realizado no Morro da Carioca, em Angra dos Reis, pelas pesquisadoras e educadoras do Cemaden, Débora Olivato e Maria Rita Souza, ligadas aos projetos Cemaden Educação e Pluviômetros nas Comunidades.

Trabalho em campo

Durante o curso de capacitação, acompanhados pela equipe da RED e de educadoras, os professores fizeram o trabalho de observação em campo, em área vulnerável a risco de desastres naturais.  Puderam observar a cicatriz de deslizamentos de terra, identificando as novas áreas de risco no Morro da Carioca. Além disso, mapearam as construções de casas irregulares, tubulação de água servida (potável e esgoto), plantio de bananeiras nos morros, entre outros elementos potencializadores do risco de desastres.
Ainda, no trabalho em campo no Morro da Carioca, os professores identificaram a localização dos equipamentos de prevenção, como pluviômetros e os sensores geotécnicos para monitoramento de riscos de deslizamentos do Cemaden, as sirenes, rotas de fuga, lugares seguros, entre outros aspectos importantes para a oficina de Cartografia Social.  Nesse local, ocorreu o grande deslizamento de terra, em 1º de janeiro de 2010, vitimando 22 pessoas. Mais de 250 famílias tiveram que abandonar suas casas, quase 200 casas foram demolidas e a prefeitura interditou mais de 1.700 imóveis, todos localizados em áreas sujeitas a deslizamentos.
 “O trabalho da Rede de Educação para Redução de Desastres é um exemplo a ser seguido. A integração de profissionais de diversas instituições tem um modelo de planejamento para difundir a cultura de prevenção de risco de desastres de forma séria e consistente.” afirma a coordenadora do Projeto Cemaden Educação, Rachel Trajber.
Durante o evento, a pesquisadora e antropóloga, Rachel Trajber,  foi homenageada pelo trabalho realizado durante as várias edições da Conferência Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente (nacionais e internacional) – promovidas pelos ministérios da Educação (MEC) e do Meio Ambiente (MMA) –  período em que foi coordenadora-geral de Educação Ambiental (2003 e 2011).
Informações sobre o Projeto Cemaden Educação estão disponíveis no endereçohttp://www.cemaden.gov.br/cemaden-educacao/ e do Projeto Pluviômetros nas Comunidades pelo endereço: http://www.cemaden.gov.br/pluviometros-nas-comunidades/.